Você sabe o que é andragogia? Entenda o conceito e transforme seu aprendizado!

Muitas vezes, os profissionais vivenciam experiências negativas em cursos mais teóricos, que têm conteúdo genérico e estudo passivo, como eram os momentos em colégios e escolas. A Andragogia é um caminho para mudar essa realidade.

Como o processo de aprendizagem se transforma em diferentes fases da vida, o desenvolvimento profissional deve seguir os princípios do ensino para adultos. E, por meio da Andragogia, as capacitações se tornam mais efetivas, motivando os envolvidos e promovendo o crescimento de carreira.

Este conteúdo explica a importância do tema e seus princípios. Continue a leitura e aprenda as características das melhores capacitações profissionais!

O que é Andragogia?

A palavra “Andragogia” é composta por dois elementos com origem na língua grega. “Andros” significa homem, com o sentido de toda pessoa adulta, enquanto “gogos” seria educar. Assim, Andragogia seria a ciência humana que estuda a educação de adultos.

O termo aparece pela primeira vez nos estudos de Alexander Kapp, no séc. XIX, no livro “Ideias Educacionais de Platão”, em tradução livre. Porém, enquanto disciplina e área de estudos, a origem é frequentemente atribuída aos trabalhos de Malcolm Knowles, no séc.XX.

Qual é a importância da Andragogia?

O diferencial trazido pela Andragogia é olhar para as necessidades e particularidades do público adulto. A Pedagogia (do grego “paidós”, ou seja, “criança”) apresenta estratégias que fogem dessas demandas.

Se, por exemplo, o profissional se dirige a uma sala de aula sem enxergar a utilidade do que será estudado, dificilmente haverá interesse nos assuntos, e o que foi visto será deixado de lado. Por isso, a importância da Andragogia, de entender e atender os objetivos educacionais de adultos.

Quais são os princípios da Andragogia?

Entendendo o que é Andragogia, vale a pena conhecer os pilares para o aprendizado de adultos. 

Segundo os trabalhos de Malcolm Knowles, esse ensino deve ser orientado por seis princípios fundamentais. Veja quais são eles:

Necessidade de saber

Os profissionais precisam entender por que estão estudando um determinado assunto. Por isso, programas genéricos e pouco conectados com a prática não seriam os mais adequados.

Em muitos casos, o adulto só busca a capacitação diante de algum problema ou perspectiva de ganho. Um gestor que busca uma promoção, um líder que pretende resolver problemas de relacionamento na equipe e um vendedor que deseja aumentar suas comissões são exemplos.

Autoconceito do aprendiz

O processo de aprendizagem andragógico é mais pautado na autonomia e responsabilização. Nesse sentido, o professor é um facilitador do processo, e não alguém que vai tentar impor uma disciplina rigorosa, pois isso poderia ser contraproducente.

Prontidão para aprender

Quando os assuntos atendem às suas necessidades, as pessoas adultas tendem a se comprometer com o aprendizado. Logo, estando dispostos a adotar as ferramentas e métodos de estudos.

Um adulto, para ilustrar, dificilmente gastaria dinheiro e tempo em um curso de inglês se não fosse para tentar efetivamente aprender o idioma. Por outro lado, o professor de um curso infantil pode ter de cobrar deveres de casa, disciplina em sala de aula, verificar se os estudantes realizaram anotações, etc.

Experiências de vida

Uma capacitação para adultos é repleta de pessoas com diferentes conhecimentos e vivências. Assim, o facilitador precisa se esforçar para fazer a ponte entre o que já é de conhecimento da pessoa com os conteúdos que precisam ser assimilados.

Motivação intrínseca

A motivação para aprender precisa surgir do próprio profissional. Isto é, se a pessoa não quiser, não há muito que o facilitador possa fazer, a não ser tentar metodologias de sensibilização. 

Perceba que é um contexto bem diferente da Pedagogia, em que a criança não tem escolha sobre estar ou não estar na sala de aula.

Orientação para aprendizado

O foco do processo na Andragogia é a prática: a pessoa aprende para utilizar o conhecimento obtido, resolver problemas no trabalho, tornar sua equipe mais ágil, aumentar a produtividade, gastar menos tempo em tarefas, etc. Assim, o ensino é enriquecido por meio de estudos de casos, depoimentos, entre outras técnicas para articular teoria e prática.

Quais técnicas podem ser aplicadas?

Os princípios explicam quais seriam as boas práticas para a educação de adultos, que, diga-se de passagem, se aplicam ao desenvolvimento de gestores e executivos. A partir daí, algumas ferramentas serão mais adequadas que outras.

Perguntas

A valorização da experiência e prática, por exemplo, colocam as perguntas como ótimas ferramentas. Entender o contexto em que o conhecimento será aplicado, valorizar a vivência do profissional, discutir casos reais e diversos outros benefícios podem surgir de bons questionamentos.

Aprender fazendo

Outra prática interessante é aprender colocando a mão na massa. Estudos de caso, encenações, tarefas simuladas e discussão de problemas reais são algumas das iniciativas que podem ser utilizadas.

Microlearning

Um exemplo mais recente é o microlearning. Com esse método, o conteúdo é dividido em partes mínimas, como leituras, exercícios e vídeos que demoram até 10 minutos. Logo, cada um pode montar a própria trilha com aquilo que tem conexão com o trabalho e prática.

Aprendizagem Baseada em Problemas

Outro exemplo de técnica é a Aprendizagem Baseada em Problemas. Nela, em vez de serem apresentados aos conteúdos e depois fazerem exercícios, o ponto de partida é a colocação de uma questão, e os participantes precisam buscar os conhecimentos necessários.

Nesse processo, naturalmente os conteúdos serão filtrados, e aquilo que for útil para resolver o problema será priorizado. Portanto, se a questão levantada tiver conexão com a prática, é um caminho bastante adequado do ponto de vista da Andragogia.

Como a Andragogia se aplica ao desenvolvimento profissional?

Na vida profissional, é importante aprender constantemente com o objetivo de desenvolver competências e crescer na carreira. Para isso, os princípios da Andragogia dão um norte do que buscar em uma capacitação profissional.

O modelo de ir a uma sala de aula por meses, ficar parado ouvindo o professor e realizar alguns poucos exercícios está longe de ser o ideal. Com os conceitos vistos até aqui, é possível entender os motivos.

Buscar capacitações alinhadas com os princípios de Andragogia faz a diferença em relação à experiência de aprendizado. Nelas, haverá mais conexão com a prática, consideração da vivência do profissional e autonomia para estudar. Portanto, existe um valor agregado considerável para o desenvolvimento profissional.

Se quiser saber como realizar o desenvolvimento profissional mais a fundo, complemente a leitura com o artigo “o que é Masterclass” e conheça esse modelo de formação que atende às boas práticas de Andragogia!

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