People-Centric: o que significa ser uma empresa centrada em pessoas?

Já faz alguns anos que o People-Centric é aplicado nas organizações, e a cada dia se torna mais indispensável. Isso porque a empresa que pensa e age com o foco voltado essencialmente para as pessoas está um passo à frente da concorrência.

Mesmo oferecendo excelentes produtos ou serviços, é com uma força de trabalho engajada e produtiva que o negócio obterá excelentes resultados. Para isso, é preciso colocar as pessoas no centro e alinhar suas necessidades com os objetivos da empresa.

Neste post você vai conferir como o desenvolvimento de uma empresa People-Centric pode transformar o ambiente corporativo. Continue lendo para conhecer os benefícios desse processo e saber como construir uma cultura centrada em pessoas!

People-Centric: o capital humano no centro das decisões

Uma gestão com estratégias pensadas e executadas considerando as pessoas tende a alcançar melhores resultados. Por mais que o negócio seja promissor, o sucesso depende da contribuição efetiva da força de trabalho.

As decisões tomadas e caminhos percorridos, bem como os objetivos organizacionais, devem ir ao encontro das necessidades dos colaboradores. Nesse contexto, a competitividade acirrada entre as organizações não diz respeito somente ao tipo de negócio, mas à disputa por profissionais talentosos.

O mercado se transformou em razão da nova mentalidade global, às mudanças no comportamento do consumidor e à reformulação das relações de trabalho. Logo, as empresas tiveram que se adaptar a um novo formato e perspectiva da gestão de pessoas.

Aquele modelo tradicional e engessado, em que o chefe mandava e a equipe executava, deu lugar a liderança que valoriza os colaboradores. As decisões, antes pensadas para gerar lucro, englobam a satisfação e bem-estar dos colaboradores. 

O People-Centric nasceu da necessidade de:

  • colocar os talentos em evidência;
  • exaltar suas habilidades e competências;
  • envolvê-los como um todo. 

O senso de pertencimento se fortalece, nesse cenário, com a participação e colaboração direta dos envolvidos.

Mais do que apenas gerar empregos, pagar salários e benefícios em dia e oferecer treinamentos, as empresas inteligentes estão investindo no Employee Experience. Há um processo evolutivo de valorização dos colaboradores que favorece o sucesso das organizações.

De acordo com Jacob Morgan — uma das maiores autoridades ao nível global em liderança, futuro do trabalho e experiência dos funcionários — as empresas que investem em EX têm:

  • 28x maior probabilidade de ser uma das Fast Company’s Most Innovative Companies;
  • 11,5x maior probabilidade de ser uma Glassdoor’s Best Places to Work;
  • 4,4x maior probabilidade de estar na lista LinkedIn (North America’s Most In-Demand Employers);
  • 2,1x maior probabilidade de estar na lista Forbes (World’s Most Innovative Companies);
  • 2x maior probabilidade de constar na American Customer Satisfaction Index.

Compreender a importância dos colaboradores e como elas agregam valor ao negócio potencializa a concentração das decisões nas pessoas. A aplicação do People-Centric quebra as barreiras entre líderes e liderados em prol de um mesmo propósito.

Apesar da hierarquia necessária, a relação de parceria, respeito e desejo mútuo de ver o negócio crescer se constroem, prosperam e prevalecem. Os líderes dão valor ao que os talentos têm a dizer, que por sua vez, são encorajados a opinar e contribuir com sugestões.

Os benefícios para uma organização People-Centric

O que ganha uma organização centrada em pessoas? Por que investir tanto na força de trabalho para alcançar melhores resultados? Quais são os benefícios de tomar decisões com base no capital humano?

Esses podem ser questionamentos de gestores que ainda estão no processo de tornar a empresa People-Centric e há razões fortes para a construção dessa nova cultura:

  • redução no turnover — colaboradores que se sentem satisfeitos e valorizados na empresa, dificilmente voltarão os olhos para o mercado em busca de novas oportunidades;
  • ambiente aberto a inovação — um ambiente saudável e colaborativo, onde todos podem participar e opinar, abre espaço para o que há de novo no mercado;
  • colaboradores mais engajados — nada melhor que a valorização do trabalho, o desenvolvimento individual e as perspectivas reais de crescimento, para motivar e engajar talentos;
  • melhora a imagem da empresa — se a organização é considerada pelos colaboradores um ótimo lugar para se trabalhar, logo o mercado ficará sabendo, potencializando o employer branding e melhorando a imagem da marca.

Passos para construir e manter uma cultura centrada em pessoas

Se você retirar todas as pessoas de dentro da empresa e observar de longe, verá apenas um amontoado de concreto, decorado por mobília e equipamentos. Uma estrutura inanimada, incapaz de criar um fluxo de trabalho dinâmico e proativo.

Logo, percebe-se o quanto as pessoas são essenciais para qualquer tipo de negócio, uma vez que são elas que fazem a rotina acontecer, de fato. Para as empresas que não nasceram no conceito, a transformação em People-Centric requer reestruturação e mudanças.

Veja abaixo algumas das ações mais importantes na construção de uma cultura People-Centric!

Tratar pessoas como mais importantes que os processos

Se o People-Centric significa colocar as pessoas no centro, elas precisam se sentir verdadeiramente importantes Os projetos e processos só existem e se desenrolam porque existem colaboradores talentosos por trás da execução diária.

Caso contrário, tudo não passaria de um amontoado de ideias, com etapas a cumprir, sem ter ninguém responsável. Diante disso, é fundamental que todos sintam que a gestão está interessada na opinião e contribuição de cada um.

Outro aspecto importante, é investir na atualização e desenvolvimento profissional, para aprimorar habilidades e competências. As oportunidades de crescimento na carreira na própria organização aumentam as chances de permanência.

Contar com colaboradores empáticos

Quando uma empresa consegue conquistar seus colaboradores, a tendência é que eles se tornem mais empáticos, não só para “vestir a camisa”. Nesse contexto, o envolvimento é natural e inevitável, seja com os problemas da organização, seja com os resultados alcançados.

Isso quer dizer que os profissionais, quando pertencentes, se importam com as decisões tomadas, os caminhos seguidos e os impactos gerados. Como os líderes são mais abertos a opiniões e sugestões, com união, o grupo pode encontrar soluções em menor tempo.

Construir equipes multifuncionais

Um time de basquete funciona bem porque os atletas, cada um em uma posição diferente, se unem para derrotar o adversário. Durante a partida, algumas ações são individuais, mas a estratégia funciona corretamente porque são uma equipe.

Entre jogadas ensaiadas, ações táticas e talentos individuais, um time vencedor se destaca pela coletividade. Assim dever ser uma empresa People-Centric: ao montar equipes multifuncionais, consegue extrair o melhor de cada um visando uma vantagem competitiva.

Valorizar e trabalhar os soft skills

Por falar em habilidades ou skills, na empresa tradicional muito se valoriza o conhecimento técnico e capacidade de execução operacional. No People-Centric, é primordial valorizar e desenvolver as soft skills — habilidades interpessoais que interferem no comportamento organizacional.

Entre as soft skills mais apreciadas e desejadas pelas empresas, destacamos:

  • flexibilidade;
  • colaboração;
  • resiliência;
  • trabalho sob pressão;
  • empatia;
  • comunicação eficaz;
  • organização e planejamento;
  • resolução de problemas;
  • liderança;
  • ética;
  • negociação.

Desenvolver a jornada do colaborador

Por mais que precisem atender às suas necessidades básicas, a maioria dos talentos não deseja apenas salário e benefícios. Eles estão em busca de experiências e desafios que permitam crescer e se desenvolver, enquanto profissionais, para chegar à alta performance.

Portanto, a empresa que deseja ser considerada People-Centric precisa investir na jornada do colaborador nesse processo. As pessoas saem de casa todos os dias com um propósito e é crucial dar-lhes motivos para continuar nessa rotina.

Assim, é responsabilidade das empresas que adotam essa cultura:

  • proporcionar novos aprendizados;
  • praticar a escuta ativa;
  • dar autonomia para os colaboradores colocarem em prática tudo o que sabem;
  • demonstrar valorização e confiança — sentimentos que nem sempre se conquista de forma monetária.

 

O People-Centric é a força motriz de toda uma jornada repleta de desafios enfrentados pelas empresas diante dessa nova relação com os talentos. Não há mais espaço para gestões arbitrárias e centralizadoras — o ambiente corporativo moderno requer gestões mais humanizadas, lideranças flexíveis e talentos autogerenciáveis.

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